RESENHA POLÍTICA-Marcos Rogério (PL) é, entre todos os postulantes, o que melhor decifra o eleitor conservador rondoniense
RESENHA POLÍTICA- POR ROBSON OLIVEIRA
REFIS
O governo de Rondônia estuda implementar um novo Refis – o programa de refinanciamento fiscal – destinado às empresas com débitos tributários estaduais, medida que deve proporcionar um reforço significativo de receita tanto para o estado quanto para os municípios.
O governo de Rondônia estuda implementar um novo Refis – o programa de refinanciamento fiscal – destinado às empresas com débitos tributários estaduais, medida que deve proporcionar um reforço significativo de receita tanto para o estado quanto para os municípios.
FÔLEGO
Embora haja quem critique o que chamam de “mimo fiscal”, é importante destacar que essa prática não é exclusividade de Rondônia: a maior parte dos estados adota programas semelhantes, perdoando multas e juros — sem jamais confundir isso com perdão do principal — para permitir que as empresas regularizem sua situação, retomem investimentos e, ao mesmo tempo, garantam que os cofres estaduais e municipais tenham fôlego extra para honrar compromissos, como o pagamento do décimo terceiro salário.
MOEDA
Quem adota posição contrária o faz por interesse inconfessável uma vez que o Refis não é uma inovação fiscal do rondoniense. Ele existe tanto para empresas, quanto para o contribuinte endividado. Atende as duas faces da mesma moeda encalacrada no vermelho.
INELEGÍVEL
A Primeira Câmara Especial Cível do Tribunal de Justiça de Rondônia confirmou a condenação do deputado estadual Ezequiel Neiva por improbidade administrativa — herança de sua gestão no DER. Com isso, o parlamentar ingressa no calendário eleitoral pelo lado de fora: torna-se inelegível por oito anos.
A Primeira Câmara Especial Cível do Tribunal de Justiça de Rondônia confirmou a condenação do deputado estadual Ezequiel Neiva por improbidade administrativa — herança de sua gestão no DER. Com isso, o parlamentar ingressa no calendário eleitoral pelo lado de fora: torna-se inelegível por oito anos.
FIRULA
Diferentemente da sentença de primeiro grau, a decisão colegiada dispensa firulas jurídicas: basta para interditar automaticamente qualquer pretensão eleitoral. Os advogados, claro, farão o que manda o ritual — negarão, recorrerão, prometerão reverter o inevitável. É do ofício.
EFEITO
Recursos ao STJ ou STF, por si só, não servem de escudo. Para suspender a inelegibilidade, é preciso arrancar da corte superior um efeito suspensivo — e somente se houver fumaça real de bom direito, não mera névoa jurídica soprada ao sabor da conveniência. Quem folheou os autos — e não apenas apostou nos corredores — diz que a situação de Ezequiel Neiva não inspira otimismo. Em resumo: pode até sonhar com as urnas, mas dificilmente chegará a elas. Um pesadelo para quem contava com mais um mandato.
Recursos ao STJ ou STF, por si só, não servem de escudo. Para suspender a inelegibilidade, é preciso arrancar da corte superior um efeito suspensivo — e somente se houver fumaça real de bom direito, não mera névoa jurídica soprada ao sabor da conveniência. Quem folheou os autos — e não apenas apostou nos corredores — diz que a situação de Ezequiel Neiva não inspira otimismo. Em resumo: pode até sonhar com as urnas, mas dificilmente chegará a elas. Um pesadelo para quem contava com mais um mandato.
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CENÁRIO
Faltando poucos dias para a chegada de 2026, o tabuleiro estadual começa a se reorganizar como sempre: lentamente, com muito barulho e pouca originalidade. Três grupos se desenham. De um lado, o PL de Marcos Rogério; do outro, Adaílton Fúria, prefeito de Cacoal, preparando a renúncia para disputar o governo pelo PSD; e, ao centro, partidos de centro e esquerda tentando, entre reuniões e discursos, provar que ainda existem, apesar da preferência rondoniense pela direita — de preferência, a mais conservadora possível.
EXTREMISTAS
Marcos Rogério (PL) é, entre todos os postulantes, o que melhor decifra o eleitor conservador rondoniense — não por oportunismo, mas por convicção articulada. Enquanto outros tentam equilibrar discursos para agradar algoritmos, Rogério sustenta posições de direita com coerência e método, algo raro num ambiente político em que muitos trocam de ideologia como quem troca de camisa. Podemos não concordar com nada que professa, mas ele é um bolsonarista assumido sem se preocupar com as críticas.
PACOTE
E há um ponto que seus críticos preferem ignorar: ele não se limita ao folclore das redes. Mesmo sendo identificado pela bolha bolsonarista, Rogério compreende que o eleitor exige mais do que guerra cultural — quer gestão, resultado e obra. E ele tem se movido com habilidade nessa direção, demonstrando que firmeza ideológica não precisa ser incompatível com pragmatismo. Se a direita rondoniense busca alguém que fale sua língua sem cair na caricatura, Marcos Rogério é, até aqui, o único que entrega o pacote completo.
EXPERIÊNCIA
Goste-se ou não, Rogério é hábil e resiliente. Foi ao segundo turno contra um aparato estatal inteiro, conquistando 47% dos votos válidos — façanha que adversários preferem ignorar. Volta ao jogo com recall, musculatura e, espera-se, menos ingenuidade e arrogância do que exibiu na eleição anterior.
MODERADO
Do outro lado, Adaílton Fúria anunciou neste humilde podcast, o Resenha Política, sua pré-candidatura ao governo. Autodeclarado homem de direita — porque admitir simpatia pela esquerda em Rondônia é pedir para perder eleição —, Fúria exibe um estilo híbrido: populista na forma, moderado nas alianças. O discurso de gestor jovem, arrojado, instagramável, vende bem. Mas política não é feed de TikTok.
FURIOSO
Fúria entra no jogo atropelando velhos caciques como Confúcio Moura e Acir Gurgacz, que assistem da plateia à ascensão de um candidato que descobriu a alquimia moderna: cortar vídeos, distribuir sorrisos e falar com naturalidade digital. Mas campanha exige consistência. A fúria que o impulsiona pode virar tempestade— ou marola. Não é um candidato fraco e aposta no apoio silencioso – e envergonhado - da esquerda para vencer num eventual segundo turno.
ISOLAMENTO
Quem terminou isolado foi o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). Há meses esta coluna alertava: ao adotar postura beligerante contra Léo Moraes, presumiu que boa gestão bastaria para manter sua hegemonia. Não contava com os altos índices de aprovação do atual prefeito. Atacar o sucessor virou tiro no pé — e no próprio isolamento político.
CAPILARIDADE
Com um PSDB em ruínas e alianças rarefeitas, o sonho de governar Rondônia em 2027 dissipou-se. Ainda assim, Hildon mantém capilaridade para disputar com vigor uma cadeira no Congresso — Senado ou Câmara. Insistir em reversão total do cenário é otimismo demais até para padrões tucanos.
SAÍDA
A Câmara Federal parece o caminho natural. Mas, dependendo do alinhamento que tomar Léo Moraes, Hildon pode se arriscar ao Senado — e não seria salto no escuro. Porto Velho lhe garante um voto sólido. Faltaria avançar no interior, algo possível para quem domina as plataformas digitais melhor do que muitos coronéis. Campanha tem começo, meio e fim. E bem feita, costuma terminar feliz.
SURPRESA
Quem surpreende nas primeiras pesquisas para o Senado é Delegado Camargo (PODEMOS). Conservador assumido, é o parlamentar mais combativo contra o governo Marcos Rocha — mais consistente, inclusive, do que a única voz da esquerda na ALE, Cláudia de Jesus (PT). Corre por fora com números de quem pode chegar forte.
DOSE
Camargo tem o trunfo de dividir partido e discurso com Léo Moraes. Uma eventual candidatura apoiada pelo prefeito pode incomodar — e muito — os favoritos. O desafio será calibrar a acidez: sua verve contra o governo rende manchetes, mas pode afastar eleitores que o veem como fiscal rigoroso, porém sem o equilíbrio que o Senado exige. Vai precisar dosar a crítica exacerbada ao governo para mirar no STF.
SUPREMO
Os candidatos ao Senado posicionados mais à direita farão — e com gosto — das críticas ao STF um dos pilares de campanha. A decisão recente do ministro Gilmar Mendes, retirando do Senado a prerrogativa de processar e julgar um eventual impeachment de ministros da Suprema Corte, caiu como um presente eleitoral para esse grupo. Trata-se de uma decisão, no mínimo, discutível, que subtrai atribuições históricas do Legislativo e reacende o debate sobre limites e excessos do Judiciário.
CORO
É previsível que o tema domine a disputa senatorial em Rondônia. Os principais pré-candidatos já anunciaram que pretendem “peitar” o STF, cada um tentando parecer mais destemido do que o outro. A única exceção nesse coro é Confúcio Moura (MDB), alinhado ao governo Lula e, portanto, pouco disposto a engrossar o discurso anti-Supremo que tende a inflamar o eleitorado conservador rondoniense.
CLÃ
A “indicação” de Flávio Bolsonaro para disputar a presidência, supostamente para defender o tal legado histórico da família, não surpreende ninguém que acompanhe política sem fantasia ou autoengano. O clã Bolsonaro, muito antes de o patriarca trombar na cadeira de presidente, sempre funcionou como uma confraria de blindagem mútua: um segura o escudo, o outro afia a lança. Solidariedade com o país? Não seja ingênuo. Eles só largam o osso político se for para abocanhar um maior — e, de preferência, hereditário.
SONHO
Bolsonaro, que desdenhou das sepulturas de milhares de brasileiros durante a pandemia — e não satisfeito, continua a maltratar seus próprios devotos — acalenta um sonho recorrente: manter a sucessão presidencial num ambiente estritamente familiar. Afinal, para quem coleciona problemas com o STF, nada mais prático do que ter um parente na cadeira de mando para tentar, quem sabe, reescrever a biografia com uma borracha oficial. É uma espécie de indulgência plenária versão Planalto.
PRIORIDADE
A bolha que segue ideológica e religiosamente o “véio” não percebe, ou finge não perceber, a lógica cristalina do clã: em primeiro lugar vêm os interesses da família; em segundo, também; e, com muita sorte e sem promessa de continuidade, novamente a família. O resto do país que espere sentado — de preferência sem reclamar. Qualquer crítica aos Bolsonaros provoca reações furiosas, como se a família fosse um patrimônio sagrado da República, acima de erros, leis e, sobretudo, do senso de ridículo.
OPÇÕES
A direita brasileira vive repetindo que falta opção — mas isso só é verdade para quem insiste em ajoelhar no altar dos Bolsonaro. Nomes competitivos não faltam, e nenhum deles precisa carregar no currículo o sobrenome que virou sinônimo de confusão judicial e política. Há governadores bem avaliados, cada qual com seu tempero: Ratinho Junior (PR), um gestor discreto; Tarcísio de Freitas (SP), o tecnocrata que agrada aos mercados; Eduardo Leite (RS), que tenta manter a compostura mesmo quando o estado desaba; e até o intempestivo Ronaldo Caiado, sempre à beira de um ataque de nervos, mas administrando Goiás com firmeza.
A direita brasileira vive repetindo que falta opção — mas isso só é verdade para quem insiste em ajoelhar no altar dos Bolsonaro. Nomes competitivos não faltam, e nenhum deles precisa carregar no currículo o sobrenome que virou sinônimo de confusão judicial e política. Há governadores bem avaliados, cada qual com seu tempero: Ratinho Junior (PR), um gestor discreto; Tarcísio de Freitas (SP), o tecnocrata que agrada aos mercados; Eduardo Leite (RS), que tenta manter a compostura mesmo quando o estado desaba; e até o intempestivo Ronaldo Caiado, sempre à beira de um ataque de nervos, mas administrando Goiás com firmeza.
MUSCULATURA
Todos fazem governos razoáveis e, embora ainda careçam de expressão nacional, podem muito bem crescer ao longo de uma campanha. Afinal, os conservadores já provaram que têm musculatura eleitoral próprias — e não dependem do clã Bolsonaro para existirem. Opções há muitas. E, convenhamos, bem melhores.
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ENERGISA
A Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) segue transformando a realidade de famílias de baixa renda em Rondônia. Quando a Energisa assumiu a distribuição no estado, em 2018, cerca de 43 mil famílias estavam cadastradas no programa. Hoje, em 2025, esse número ultrapassa 125 mil beneficiados, um avanço de mais de 190%.
TARIFA
Apesar do salto expressivo, o desafio ainda é grande: aproximadamente 60 mil famílias que atendem aos critérios continuam fora da Tarifa Social. Muitas delas não aparecem nos cruzamentos automáticos porque não possuem a conta de energia no próprio nome ou estão com o Cadastro Único (CadÚnico) desatualizado, barreiras simples de resolver, mas que impedem o acesso ao desconto.
IMPACTO
Segundo Bernardo Moreira, gerente de Serviços Comerciais da Energisa Rondônia, esse avanço é resultado de ações contínuas. “Esse crescimento mostra o impacto
positivo do trabalho conjunto que desenvolvemos. Estamos empenhados em facilitar o acesso dessas famílias à tarifa social de energia e orientá-las sobre os seus direitos”, afirma o gerente.
DIREITO
Têm direito ao benefício as famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até R$ 759, beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e eletrodependentes que utilizam equipamentos elétricos de uso contínuo.
Quem já possui a unidade consumidora em seu nome pode ser incluído automaticamente após o cruzamento de dados. Já quem precisa solicitar o cadastro deve procurar os canais de atendimento da Energisa Rondônia:
· WhatsApp Gisa: (69) 99358-9673, · Aplicativo Energisa On, · Site oficial: www.energisa.com.br, · Call Center: 0800 647 0120
INFORMAÇÃO
Para o atendimento, é necessário apresentar documento oficial com foto, CPF, NIS, código da unidade consumidora, telefone para contato, Folha V7 do CadÚnico e, para indígenas, o RANI. Beneficiários do BPC devem informar também o número do benefício.
INCLUSÃO
Bernardo reforça que o impacto da inclusão vai muito além da redução na conta: “A gente sabe que o desconto faz diferença real na mesa das famílias. Quando conseguimos incluir uma nova família, estamos ajudando a aliviar preocupações do dia a dia e a garantir mais dignidade no orçamento doméstico”, destaca.
INVESTIMENTOS
Desde que chegou a Rondônia, em 2019, a Energisa vem realizando uma verdadeira transformação no setor elétrico do estado. Ao longo desses sete anos, a empresa já investiu quase R$ 5 bilhões em obras, expansão e modernização da rede de energia, ampliando a confiabilidade do fornecimento e melhorando a qualidade da energia que chega até os rondonienses.
DESAFIO
A companhia está presente e a serviço de todos os 52 municípios de Rondônia, atendendo mais de 720 mil clientes. Somente neste ano de 2025, foram investidos cerca de R$ 600 milhões, o que reforça o compromisso com o estado e a confiança no potencial de crescimento regional. “Quando chegamos, havia um enorme desafio estrutural. Hoje, Rondônia tem uma rede mais moderna, segura e pronta para o futuro”, afirma André Theobald, diretor-presidente da Energisa Rondônia.
PUBLICIDADE
Embora todas as informações acima tenham caráter publicitário, é inegável que a Energisa se consolidou como uma das empresas mais sólidas a investir no estado, gerando diversos postos de trabalho e estimulando a economia local. Ainda que os serviços prestados sejam remunerados pelos usuários, sua chegada a Rondônia representou um avanço significativo: ao assumir a distribuição, a empresa trouxe estabilidade e confiabilidade ao fornecimento de energia elétrica, superando anos de precariedade deixados por uma operadora pública em situação falimentar.
Embora todas as informações acima tenham caráter publicitário, é inegável que a Energisa se consolidou como uma das empresas mais sólidas a investir no estado, gerando diversos postos de trabalho e estimulando a economia local. Ainda que os serviços prestados sejam remunerados pelos usuários, sua chegada a Rondônia representou um avanço significativo: ao assumir a distribuição, a empresa trouxe estabilidade e confiabilidade ao fornecimento de energia elétrica, superando anos de precariedade deixados por uma operadora pública em situação falimentar.
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