Luís do Hospital conduz audiência pública sobre monilíase do cacaueiro na Alero

Luís do Hospital conduz audiência pública sobre monilíase do cacaueiro na Alero


Realizado no auditório Deputado Amizael Gomes da Silva, o encontro reuniu autoridades, técnicos, produtores, lideranças comunitárias e representantes de órgãos públicos que atuam diretamente na cadeia produtiva.

 

O deputado estadual Luís do Hospital (MDB) conduziu, na manhã de quarta-feira (6), uma importante audiência pública na Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) para debater estratégias de prevenção à monilíase do cacaueiro, praga ainda não registrada em Rondônia, mas que representa uma ameaça concreta à produção regional de cacau, especialmente à agricultura familiar.

 

Realizado no auditório Deputado Amizael Gomes da Silva, o encontro reuniu autoridades, técnicos, produtores, lideranças comunitárias e representantes de órgãos públicos que atuam diretamente na cadeia produtiva. Rondônia se destaca como o quarto maior produtor de cacau do Brasil e o segundo na região Norte, atrás apenas do Pará. O estado produz mais de 8,6 mil toneladas de amêndoas por ano, com valor bruto estimado em R$ 207 milhões, envolvendo mais de 4 mil produtores rurais, em sua maioria da agricultura familiar.

 

“A monilíase compromete diretamente a renda de quem vive do campo. Precisamos agir agora, de forma integrada, antes que a situação se agrave. A audiência é um passo importante para organizar a resposta do Estado diante dessa ameaça”, declarou o deputado Dr. Luís do Hospital.

 

Estiveram presentes no evento o secretário de estado da Agricultura (Seagri), Luiz Paulo, o presidente da Idaron, Júlio Cezar Rocha, o diretor de Defesa Vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira, o superintendente da Ceplac, Vanildo Rosa, a diretora técnica da Emater-RO, Fabiana Bezerra, o presidente da Cacauron, Estevam Fernandes, além da presidente da Câmara de Vereadores de Jaru, Tatiane de Almeida, do vereador Chiquinho do Cacau e demais representantes da região com forte vocação na cultura cacaueira.

 

Produção em alta

 

Durante a audiência, o secretário da Seagri, Luiz Paulo destacou o crescimento da cadeia do cacau em Rondônia e as conquistas recentes: “Rondônia tem dado um verdadeiro show na produção de cacau. Pela primeira vez, o Concurso Nacional do Cacau será realizado aqui, graças à articulação direta do nosso governador Marcos Rocha. Isso é motivo de orgulho para todos nós.”

 

Ele também elogiou a iniciativa do deputado Luís do Hospital e reforçou a importância da mobilização conjunta: “A monilíase é um tema sério, que impacta diretamente a agricultura familiar. Tenho fé em Deus que essa praga não chegará a Rondônia. Nossa esperança está na prevenção e no trabalho coletivo.”

 

Pioneirismo na prevenção

 

O presidente da Idaron, Júlio Cezar Rocha, relembrou que Rondônia foi pioneira ao fechar a fronteira para o trânsito de material vegetal relacionado ao cacau, ainda quando a monilíase foi detectada no Acre — antes mesmo de qualquer orientação oficial do Ministério da Agricultura.

 

“Fomos criticados por ‘excesso de zelo’, mas depois o próprio Ministério adotou medidas semelhantes. Rondônia deu o exemplo ao agir preventivamente e proteger seu patrimônio agrícola.”

 

O diretor de Defesa Vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira, anunciou uma medida estratégica importante: “Ainda neste segundo semestre será iniciado o cadastro oficial de produtores de cacau no estado, com previsão de início em setembro. Esse será um banco de dados fundamental para o monitoramento da cadeia produtiva do cacau em Rondônia. A partir dele, poderemos traçar um retrato fiel da realidade do setor e agir de forma mais estratégica.”

 

O cadastro será feito provisoriamente nas unidades da Idaron, com base na mesma plataforma utilizada para controle do rebanho. O produtor — pessoa física ou jurídica — deverá informar a área plantada, número de plantas e dados da propriedade. 

 

Outro destaque da audiência foi o anúncio de que, pela primeira vez, Rondônia sediará o Concurso Nacional do Cacau, com participação de produtores de diversos estados. Para garantir a segurança sanitária, serão aplicados protocolos rigorosos de prevenção, especialmente nas áreas de maior produção, evitando o risco de entrada da monilíase no território estadual.

 

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