“O lamento da floresta” é o tema do boi Flor do Campo no Duelo na Fronteira 2025
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Em 2025, o boi-bumbá Flor do Campo, criado em maio de 1981 na Escola Estadual Almirante Tamandaré, em Guajará-Mirim, retorna à arena do Duelo na Fronteira, com o tema “Clamor - o lamento da floresta”. A proposta une ancestralidade, consciência ambiental e identidade regional.
Neste ano, o Flor do Campo reafirma o protagonismo da floresta, em um chamado à preservação da natureza. De acordo com a diretora executiva da agremiação, Rosa Solani, o tema deste ano representa um chamado à reflexão sobre o cuidado com a floresta, a valorização dos povos que nela habitam e a importância de manter viva a arte que brota da terra amazônica. “É um apelo pela floresta viva”, enfatizou.
A apresentação reunirá cerca de 300 brincantes e 21 itens oficiais, com a promessa de emocionar o público, ao valorizar a relação entre o homem e a natureza.
Conforme a direção do Flor do Campo, “o lamento da floresta” se torna metáfora e realidade: é o apelo à consciência ambiental, à memória dos povos amazônicos e à força da cultura local que resiste.
História
Fundado em 1981, o Flor do Campo foi o primeiro boi-bumbá de Guajará-Mirim, resultado do trabalho da professora Georgina Ramos da Costa e de seu esposo Mário Rodrigues. Reconhecido pelas cores vermelha e branca, o boi nasceu com o propósito de celebrar a cultura popular nas escolas públicas do município.
Inicialmente, era confeccionado com materiais recicláveis, como sucatas, cipó e papelão, e se apresentava nas festas juninas, quando ganhou o apelido de “Famosinho”.
O nome Flor do Campo foi inspirado no Pará, estado natal de Georgina. Na época, o boi dançava no estilo maranhense, com muitos enfeites e brilhos, refletindo as características nordestinas do Bumba Meu Boi.
