Sucesso nos palcos há mais de dois anos, espetáculo em homenagem a Cora Coralina, estreia em Porto Velho

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Sucesso nos palcos há mais de dois anos, espetáculo em homenagem a Cora Coralina, estreia em Porto Velho

O monólogo “Cora do Rio Vermelho” reúne textos e poemas que falam sobre a força feminina
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O monólogo “Cora do Rio Vermelho” com Raquel Penner e direção de Isaac Bernat reúne textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira


 

Há mais de dois anos em cartaz, lotando os teatros do país, o monólogo “Cora do Rio Vermelho”, com dramaturgia de Leonardo Simões, estreia em Porto Velho. Esse trabalho faz parte do projeto “Cora do Rio Vermelho – no coração do Brasil” que celebra os 135 anos de nascimento da eterna doceira goiana, com patrocínio oficial da Petrobras e o incentivo fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Governo Federal. O estado natal de Cora, está entre as 11 cidades das regiões centro-oeste e norte onde haverá apresentações: Pirenópolis, Cidade de Goiás, Goiânia, Brasília, Porto Velho, Cacoal, Campo Grande, Dourados, Palmas, Belém e Cuiabá.

 

O espetáculo com a atriz Raquel Penner, faz um passeio pela vida e a obra da poeta, contista e doceira Cora Coralina. A montagem propõe uma relação de cumplicidade entre a atriz e a plateia, com momentos intimistas e divertidos. A peça nasceu da vontade da atriz Raquel Penner montar o seu primeiro monólogo. Para ter ideias, ela começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente ao encontro à sua inquietação artística.

 

A atriz diz que esse se trata de um trabalho “forte e delicado”, assim como a escrita da poeta. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há pouco mais de 15 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no Rio de Janeiro. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.

 

Além do espetáculo, o projeto contará com a Oficina “Frutos da Terra”, ministrada pelo diretor Isaac Bernat, que vai desenvolver - através de exercícios de sensibilização - o papel que o ato de contar histórias individualmente e em grupo pode ter no reconhecimento da identidade do ator e/ou do indivíduo como parte da sociedade. O trabalho parte da pesquisa sobre os griots, que são os mestres da palavra e a memória do continente africano. Desenvolveremos um trabalho ligado às origens e à ancestralidade, a partir das memórias e histórias de cada participante. A Oficina dialoga com a proposta do Programa Petrobras Cultural que investe na criatividade, na inspiração e na transformação que esse tipo de ação pode estimular na sociedade.

 

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.

 

“Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat.

 

A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, explica o autor Leonardo Simões.

 

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente.

 

Com ingressos gratuito, as duas apresentações terão Intérprete de Libras, notas introdutórias com informações para ampliar a acessibilidade das pessoas com deficiência visual, espaço de regulação e serão seguidas de um bate-papo entre a equipe e os espectadores.

 

Informações no perfil do Instagram @coradoriovermelho.

 

Ficha Técnica:

Idealização e atuação: Raquel Penner

Direção: Isaac Bernat

Dramaturgia: Leonardo Simões

Produção executiva: Clarissa Menezes

Cenografia, Figurino e Produção de objetos: Dani Vidal e Ney Madeira – Ney Madeira Produções Artísticas

Cenotécnico: André Salles

Tingimento, Bordado e Tratamento de objeto: Dani Vidal e Ney Madeira

Costureira: Aureci da Cunha Rocha

Costureira de cenário: Alessandra Valle

Pintura de arte: Paulo Campos

Carpinteiro: Paulo Sá

Montagem de cenário e luz: Wellington Fox

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Montagem e operação de luz: Bruno Henrique Caverninha

Direção Musical e Trilha Sonora: Aline Peixoto

Percussão: Fabiano Salek

Vozes: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle

Operação de som: Fernanda Guerreiro e Rafa Barcelos

Músicas: "Aponte" (Lan Lanh/Nanda Costa/ Sambê), "Maria, Maria" (Milton Nascimento) e "Simplicidade" (Jaime Alem)

Visagismo: Mona Magalhães

Direção de movimento: Luiza Vieira (cenas "Mãos" e "Todas as vidas dentro de mim")

Fotografias, Designer gráfico e produção de conteúdo: Bianca Oliveira – Estúdio da Bica

Mídias sociais e Planejamento de divulgação: Lyana Ferraz

Gerenciamento de Anúncios - Mídias Sociais: Bianca Carril

Trechos do espetáculo em vídeo: Ricardo Lyra Jr.

Produção Local: Chicão Santos

Assessoria de Imprensa:

Gestão Financeira: Pagu Produções Culturais

Realização: Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas - NEPAC

 

Serviço

DIAS: 06 e 07 de junho

HORÁRIOS: 06/06 às 19h e 07/06 às 15h

 

LOCAL: Teatro Guaporé

Endereço: Rua Tabajara, 148 - Olaria, Porto Velho - RO, CEP 76801-332

 

Ingressos: Gratuito

Retirada dos ingressos pelo link na bio de @coradoriovermelho ou 1h antes no teatro. Sujeito à lotação.

6 de junho: https://bit.ly/6JUN-PortoVelho

7 de junho: https://bit.ly/7JUN-PortoVelho

 

Duração: 55 minutos

Lotação: 236 lugares

Classificação Etária: 12 anos

Redes: Instagram: @coradoriovermelho

 

Oficina Frutos da Terra, com Isaac Bernat: inscrições pelo Instagram @coradorivemelho

Dias: 6 e 7 de junho

Horário: 10h às 14h - inscrições gratuitas

Inscrição: https://bit.ly/Oficina-PortoVelho

Maiores informações no perfil do Instagram @coradoriovermelho

 


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