Com foco na proteção territorial indígena, Jirau Energia doa drone à Funai

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Com foco na proteção territorial indígena, Jirau Energia doa drone à Funai

As atividades são um desdobramento do Projeto Básico Ambiental da Usina Hidrelétrica Jirau
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As atividades são um desdobramento do Projeto Básico Ambiental da Usina Hidrelétrica Jirau

Além da doação de três unidades do equipamento, a empresa promoveu o curso de Piloto de Aeronave Remotamente Pilotada para servidores da Funai e oficina de Monitoramento Territorial Remoto para os povos indígenas.

Fortalecer a proteção territorial dos povos indígenas tem sido um grande desafio da atualidade, pois o assunto exige sensibilidade social, investimento e integração com povos de diferentes etnias. Além de investir recursos, é necessário sensibilizar e capacitar os indígenas para atuarem em prol de seus interesses e da proteção de seu território. Pensando nisso, a Jirau Energia promoveu, no final do mês de abril, o curso de Monitoramento Territorial Remoto para os povos da Aldeia Trincheira, pertencente à Terra Indígena de Uru-Eu-Wau-Wau.

As atividades são um desdobramento do Projeto Básico Ambiental da Usina Hidrelétrica Jirau e fazem parte de uma série de ações que a empresa vem realizando desde o final de 2023, com vistas ao fortalecimento e proteção territorial de diferentes Terras Indígenas cobertas pelo licenciamento da Usina. A Coordenadora de Socioeconomia da Jirau Energia, Juliana Silva, entende que “fortalecer a cultura indígena também é proporcionar condições para que se organizem e se protejam, contribuindo com o fortalecimento desses povos originários”, ressalta.

O curso de Piloto de Aeronave Remotamente Pilotada proporcionou aos indígenas o desenvolvimento de habilidades com o uso de GPS e aplicativos de celulares, na coleta de dados em campo. Além disso, eles puderam aprender a acessar sites com informações públicas relevantes sobre suas terras e softwares que servem de auxílio, na elaboração e formalização de denúncias aos órgãos competentes.

A Liderança Amandawa conta que a tecnologia e a capacitação auxiliarão na vigilância do território. “O auxílio ocorre a partir do momento em que indígena faz a vigilância do território uru eu wau wau. Esse monitoramento remoto facilita ação rápida, a denúncia, e alcança ainda mais distância. A oficina simplifica o planejamento de monitoramento da terra, impedindo ação ilegal como desmatamento e queimada que ocorre todo ano”, explica Baira AMONDAWA.

A oficina foi realizada com o objetivo de capacitar o grupo para ter condições de apoiar a vigilância de indígenas isolados, identificar invasores, madeireiros e atos ilícitos nos territórios, bem como possibilitar que ajam com agilidade quando da ocorrência de possíveis focos de incêndio na região. Todo o trabalho foi realizado em parceria com a Associação dos Povos Indígenas AMONDAWA (APIA) e servidores da Frente de Proteção Etnoambiental Uru-Eu-Wau-Wau (FPEUEWW).

Ações Realizadas

Entre os dias 12 e 13 de dezembro de 2023 foi dado o pontapé inicial para as ações, com a realização do curso Piloto de Aeronave Remotamente Pilotada para os servidores das coordenações locais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e a doação de um drone à Coordenação FPEUWW. Após esse momento de capacitação, ocorreu no dia 19 de março de 2024, a entrega de mais dois drones às Coordenações Regionais de Alto Purus e Guajará Mirim, e, por último, entre os dias 03 e 04 de abril foi o momento da Oficina de Monitoramento Territorial Remoto junto à comunidade AMONDAWA.

Os três equipamentos entregues às Coordenações Regionais da Funai são de última geração e a tecnologia permitirá que os servidores monitorem e protejam os territórios de maneira mais eficiente, identificando atividades ilegais, como desmatamento e invasões, e fornecendo dados precisos para as autoridades competentes. Já para os indígenas, a ação contemplou a doação de um drone, câmera fotográfica, computadores, placas de identificação de território indígena, além da capacitação. Toda estrutura fornecida auxiliará os indígenas na possibilidade de uma comunicação mais assertiva, na ação ágil e precisa quando da ocorrência de denúncias de possíveis ilícitos, contribuindo com a capacidade de proteção de suas terras ancestrais.



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